Fernando Ricksen, um dos jogadores de futebol mais talentosos de sua geração, viu sua trajetória tomar um rumo inesperado quando recebeu o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma enfermidade neurodegenerativa que afeta os neurônios responsáveis pelo controle muscular.
Sua carreira profissional teve início em 1993, atuando como lateral-direito e alcançando destaque no Feyenoord, clube holandês. Posteriormente, teve passagens memoráveis pelo Rangers, na Escócia, onde se tornou uma figura icônica. Reconhecido por sua energia, habilidade defensiva e capacidade de apoiar o ataque, Ricksen foi peça fundamental nas conquistas de seus times.
A participação de Ricksen em competições internacionais, representando a seleção holandesa em torneios como a Eurocopa, evidenciou seu talento e dedicação ao esporte. No entanto, seu maior legado não estaria nos gramados, mas sim em sua corajosa batalha contra a ELA.
Em 2013, o impactante diagnóstico de ELA chegou a Fernando Ricksen, colocando-o diante de um desafio ainda maior do que os enfrentados no futebol. A doença, rara e progressiva, afeta os músculos do corpo, levando à paralisia e, eventualmente, à morte. Contudo, ao invés de se calar, Ricksen optou por compartilhar sua jornada, tornando-se um exemplo de bravura em meio à adversidade.
O ex-jogador não apenas trouxe a ELA para a luz da conscientização, mas também se dedicou a angariar fundos para pesquisas e apoiar outros afetados pela condição. Sua atuação incisiva em campanhas de divulgação e arrecadação de recursos destacou a importância de se abordar questões de saúde com transparência e solidariedade.
O impacto de Fernando Ricksen ultrapassou os limites do futebol, reverberando na sociedade e inspirando milhões ao redor do globo, incluindo colegas de equipe e admiradores. Clubes renomados, como Rangers e Feyenoord, demonstraram seu apoio incondicional, promovendo eventos beneficentes em homenagem ao ex-jogador.
Em 2018, após uma árdua batalha, Ricksen nos deixou, vítima das complicações da doença. Sua partida gerou profunda tristeza, unindo pessoas de diversos lugares em memória à sua história marcante. Seu legado perdura, mantendo viva a chama de conscientização sobre a ELA.
A Esclerose Lateral Amiotrófica, embora ainda envolta em mistérios, tem conquistado maior visibilidade graças a indivíduos corajosos como Fernando Ricksen. Seu exemplo tem sensibilizado o público sobre a importância do apoio a pacientes com doenças neurodegenerativas e o crucial papel da pesquisa científica na busca por tratamentos eficazes.
Segundo a ALS Association, a conscientização é fundamental para impulsionar investimentos em estudos sobre a ELA, visando aprimorar a qualidade de vida dos pacientes e desenvolver novas terapias.